A inadequação da estratégia da deterrance diante da radicalização virtual terrorista
DOI:
https://doi.org/10.58960/rbi.2025.20.262Palavras-chave:
terrorismo, dissuasão, radicalização, redes sociais, inteligênciaResumo
A temática do terrorismo é catalizadora do sentimento de insegurança na sociedade global e de risco, demandando profunda reciclagem dos sistemas estatais, especialmente nas áreas da segurança e da inteligência. O artigo aborda o atual cenário de radicalização virtual terrorista e busca avaliar a possibilidade de seu enfrentamento. Largamente utilizada ao longo da Guerra Fria, a deterrence (dissuasão) permanece com alcance em face de determinadas ameaças contemporâneas. Explorando a base conceitual e as características da deterrence, o artigo acaba por concluir pela sua inaplicabilidade no aspecto de prevenção da radicalização de indivíduos com propensão ao fanatismo e ao encantamento do terror propagado pelas redes sociais.
Downloads
Referências
Alarid, Maeghin. 2016. “Recruitment and Radicalization: The Role of Social Media and New Technology.” In Impunity: Countering Illicit Power in War and Transition, editado por Michelle Hughes e Michael Miklaucic Washington. Center for Complex Operations; Peacekeeping and Stability Operations Institute.
Íñigo Álvarez, Laura. 2016. “Los grupos armados ante el Derecho Internacional contemporáneo: obligaciones y responsabilidad.” Revista Electrónica de Estudios Internacionales 31: 229-242. https://doi.org/10.17103/reei.31.11. DOI: https://doi.org/10.17103/reei.31.11
Ares, Pedro Miguel Martins. 2015. “Prevenção da radicalização e do extremismo violento.” CEDIS Working Papers - Direito, Segurança e Democracia 17. Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Disponível em http://cedis.fd.unl.pt/wp-content/uploads/2017/10/CEDIS-working-paper_DSD_prevenção-da-radicalização-e-do-extremismo-violento.pdf.
Barrett, Richard. 2014. The Islamic State. Nova York: Soufan Group.
Beck, Glenn. 2015. It is about Islam: exposing the truth about ISIS, Al Qaeda, Iran, and the Caliphate. Nova York: Threshold Editions/Mercury Radio Arts.
Beck, Ulrich. 2015. Sociedade de risco mundial: em busca da segurança perdida. Lisboa: Edições 70.
Berntsen, Gary. 2008. Human intelligence, counterterrorism, and national leadership: a practical guide. Washington: Potomac Books.
Bush, George W. 2002. “Text of Bush’s Speech at West Point.” New York Times, 1º de junho de 2002. Disponível em: https://www.nytimes.com/2002/06/01/international/text-of-bushs-speech-at-west-point.html.
Bush, George W. 2006. “President Delivers Commencement Address at the United States Military Academy at West Point.” News and Policies, The White House/President George W. Bush, 27 de maio de 2006. Disponível em https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/news/releases/2006/05/20060527-1.html.
Buzan, Barry. 1997. “Rethinking security after the Cold War.” Cooperation and Conflict 32 (1): 5-28. DOI: https://doi.org/10.1177/0010836797032001001
Callegari, André Luís, Cláudio Rogério de Souza Lira, Elisangela Melo Reghelin, Manuel Cancio Meliá e Raul Marques Linhares. 2016. O crime de terrorismo: reflexões críticas e comentários à Lei de Terrorismo – de acordo com a Lei nº 13.260/2016. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora.
Carvalho, Hernâni. 2016. Terroristas: como aderem, como nos olham e como agem entre nós. Lisboa: Matéria Prima.
Chuy, José Fernando M. 2018. Operação hashtag: a primeira condenação de terroristas islâmicos na América Latina. Novo Século: São Paulo.
Chuy, José Fernando M. 2021. “Novo Terrorismo? Do fracasso da guerra ao terror à radicalização virtual.” Revista Brasileira de Ciências Policiais 12 (5): 145-173. Disponível em https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/728/456. DOI: https://doi.org/10.31412/rbcp.v12i5.728
Correia, João Manuel Pinto. 2018. “Deterrence no século XXI: desafios para a estratégia contemporânea.” Revista Militar 2599/2600, agosto/setembro. Disponível em https://www.revistamilitar.pt/artigo/1340.
Crenshaw, Martha. 2010. “O terrorismo visto como um problema de segurança internacional.” In Terrorismo & relações internacionais: perspectivas e desafios para o século XXI, editado por Mônica Hertz e Arthur Bernardes do Amaral. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Edições Loyola.
Crenshaw, Martha, e Gary Lafree. 2017. Countering Terrorism. Washington: Brookings Institution Press.
Davis, Paul K. e Brian Michael Jenkins. 2002. Deterrence and influence in counterterrorism: a component in the war on al Qaeda. Santa Monica: RAND.
Demant, Peter Robert. “Terrorismo e Globalização: extremização religiosa ou leilão midiático?” In Terrorismo & relações internacionais: perspectivas e desafios para o século XXI, editado por Mônica Hertz e Arthur Bernardes do Amaral. Rio de Janeiro: PUC-Rio; Edições Loyola.
Díaz Matey, Gustavo. 2017. “El papel de la inteligencia en la lucha contra el terrorismo salafista yihadista.” Revista CIDOB d’Afers Internacionals 116: 207-228. DOI: https://doi.org/10.24241/rcai.2017.116.9.207
El-Said, Hamed. 2015. New approaches to countering terrorismo: designing and evaluating counter radicalization and de-radicalization programs. Londres: Palgrave Macmillan.
Evans, Graham, e Jeffrey Newnham. 1998. Penguin Dictionary of International Relations. Londres: Penguim Books.
EUA (Estados Unidos da América). 2002. The National Security Strategy. National Security Council, The White House/President George W. Bush, setembro de 2006. Disponível em https://georgewbush-whitehouse.archives.gov/nsc/nss/2002/.
Fonseca, Guilherme Damasceno, e Jorge Mascarenhas Lasmar. 2017. Passaporte para o terror: os voluntários do Estado Islâmico. Curitiba: Appris.
Fraga Iribarne, Manuel. 2004. “El terrorismo hoy.” In Terrorismo, editado por Adriano Moreira. Coimbra: Almedina.
Garcia, Francisco Proença. 2010. Da guerra e da estratégia: a nova polemologia. Lisboa: Prefácio Editora.
Ginkel, Bibi van. 2015. “The (In-)Effectiveness of “deterrence” as an instrument against jihadist terrorist threats.” Perspectives 6. The International Centre for Counter-Terrorism.
Gray, Colin. 2000. “Deterrence in the 21st century.” Comparative Strategy 19 (3): 255-261. https://doi.org/10.1080/01495930008403211. DOI: https://doi.org/10.1080/01495930008403211
Gray, Colin. 2003. Maintaining Effective Deterrence. Carlisle: Strategic Studies Institute; US Army War College. DOI: https://doi.org/10.1037/e427282005-001
Gray, Colin. 2010. “Gaining compliance: the theory of deterrence and its modern application.” Comparative Strategy 29 (3): 278-283. https://doi.org/10.1080/01495933.2010.492198. DOI: https://doi.org/10.1080/01495933.2010.492198
Hopf, Ted. 1994. Peripheral visions: deterrence theory and American foreign policy in the Third World, 1965–1990. Ann Arbor: University of Michigan Press. DOI: https://doi.org/10.3998/mpub.13938
Kajibanga, Rosa. 2016. “Defesa nacional: novas ameaças.” CEDIS Working Papers - Direito, Segurança e Democracia 33. Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Disponível em https://cedis.novalaw.unl.pt/wp-content/uploads/2017/10/CEDIS-working-paper_DSD_defesa-nacional_novas-ameaças.pdf.
Knopf, Jeffrey. 2010. “The Fourth Wave in Deterrence Research.” Contemporary Security Policy 31 (1): 1-33. https://doi.org/10.1080/13523261003640819. DOI: https://doi.org/10.1080/13523261003640819
Koschade, Stuart. 2006. “A social network analysis of Jemaah Islamiyah: the applications to counterterrorism and intelligence.” Studies in Conflict & Terrorism 29: 559-575. https://doi.org/10.1080/10576100600798418. DOI: https://doi.org/10.1080/10576100600798418
Laqueur, Walter. 1976. “The futility of Terrorism.” Harper’s Magazine 252 (1510): 99-104.
McCants, William. 2016. The ISIS Apocalypse: the history, strategy, and doomsday vision of the Islamic State. Nova York: Picador.
Napoleoni, Loretta. 2015. A Fênix Islamista: o Estado Islâmico e a reconfiguração do Oriente Médio. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
Nasser, Reginaldo. 2021. A luta contra o terrorismo: os Estados Unidos e os amigos talibãs. São Paulo: Contracorrente.
OSCE (Organization for Security and Cooperation in Europe). 2014. Preventing terrorism and countering violente extremism and radicalisation that lead to Terrorism: a community-policing approach. Disponivel em http://www.osce.org/secretariat/111438?download=true.
Puchades Navarro, Miguel. 2011. “Análisis económico de la respuesta a la amenaza del terrorismo y su impacto sobre las libertades públicas.” In Estado de derecho y derechos fundamentales en la lucha contra el terrorismo una aproximación multidisciplinar (histórica, jurídico-comparada, filosófica y económica), editado por Aniceto Masferrer. Pamplona: Thomson Reuters.
Queiroz, Cristina. 2013. Direito Internacional e Relações Internacionais. Coimbra: Coimbra Editoras.
Quinlan, Michael. 2004. “Deterrence and Deterrability.” Contemporary Security Policy 25 (1): 11- 17. DOI: https://doi.org/10.1080/1352326042000290470
Ramos, António Fonte. 2009. “A nova dimensão do terrorismo transnacional e o seu impacto no sistema político internacional – do 11 de setembro ao 11 de março.” In Terrorismo transnacional: estratégias de prevenção e resposta. Lisboa: IESM; Edições Prefácio.
Richardson, Louise. 2006. What terrorists want: understanding the enemy, containing the threat. Nova York: Random House.
Schelling, Thomas. 2008. Arms and influence. New Haven: Yale University Press.
Schelling, Thomas. 2011. The Strategy of Conflict. Cambridge: Harvard University Press.
Snyder, Glenn. 1961. Deterrence and Defense: toward a theory of national security. Westport: Greenwood Press. DOI: https://doi.org/10.1515/9781400877164
Sprinzak, Ehud. 2000. “Rational Fanatics.” Foreign Policy, setembro/outubro de 2000, 66-73. DIsponível em https://foreignpolicy.com/2009/11/20/rational-fanatics/. DOI: https://doi.org/10.2307/1149715
Stern, Jessica, e J. M. Berger. 2015. Estado Islâmico, Estado de terror. Lisboa: Vogais.
Suarez, Marcial. 2013. As Guerras de George W. Bush e o terrorismo no século XXI. Curitiba: Appris.
Tomé, Luís. 2015. “Estado Islâmico: percurso e alcance um ano depois da autoproclamação do ‘Califado’.” JANUS.NET e-journal of International Relations 6 (1).
Trager, Robert, e Dessislava Zagorchen. 2005. “Deterring terrorism: it can be done.” International Security 30 (3): 87-123. DOI: https://doi.org/10.1162/016228805775969564
Wagner, Patrick. 2004. Deterrence and terrorism: can global terrorism be deterred? Munique: Grin Verlag.
Weimann, Gabriel. 2014. “Social media’s appeal to terrorists.” Insite Blog on Terrorism and Extremism. Disponível em http://news.siteintelgroup.com/blog/index.php/entry/295-social-media’s-appeal-to-terrorists.
Wilner, Alex. 2011. “Deterring the undeterrable: coercion, denial, and delegitimization in counterterrorism.” Journal of Strategic Studies 34 (1): 3-37. https://doi.org/10.1080/01402390.2011.541760. DOI: https://doi.org/10.1080/01402390.2011.541760
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 José Fernando Moraes Chuy

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Declaração de dados
-
Os dados de pesquisa estão contidos no próprio manuscrito